Turning point
- Tabahyba

- 31 de mar. de 2023
- 3 min de leitura
No último texto do blog, falamos da construção de um “nós” possível, léxico ambivalente a significar tanto a coletividade quanto os elos necessários para sua construção. A ideia de que estamos conectados e que somos todos participantes da cadeia produtiva mundial. Uma cadeia de bem-viver, é claro. E é nessa nova ordem que a Tabahyba acredita e atua como um agente transformador, trazendo para os ambientes de negócios uma visão que alia a proteção do Meio Ambiente e a redução das desigualdades sociais. Porque, na verdade, são uma coisa só!
Mas hoje, o que vemos? A realidade é que quem possui mais renda consome mais e produz mais a chamada emissão de CO2. Esta é a primeira vez que inserimos essa variável em nossos textos, apesar de pensarmos nesse tema já há bastante tempo. Pois não temos como falar de desigualdade socioambiental sem mencionar as emissões de CO2 geradas pela matriz energética fóssil cujo modelo se impôs hegemonicamente desde a Revolução Industrial no século XVIII.
Ocorre que o uso da energia fóssil nos levou ao limite, pois não são mais capazes de serem absorvidos pela atmosfera terrestre, elevando a temperatura da Terra a níveis crescentes, e as previsões são catastróficas a cada relatório que é divulgado. Mesmo com o aporte de novas tecnologias baseadas em recursos renováveis nos últimos anos, sentimos hoje as inundações, ciclones, secas, extermínio de espécies da fauna e flora terrestres, entre outros sintomas. Nosso primeiro texto menciona a recente tragédia em São Sebastião, impactando majoritariamente a base da pirâmide.
Fato é que os emissários de CO2 precisam ser contidos para termos a continuidade da vida no Planeta, esta sim, uma preocupação prioritária de todos “nós”. Mas algumas pessoas, ainda mais aquelas ocupantes de lugares de liderança, teimam em não compreender a gravidade do momento pelo qual passamos. Por incrível que pareça, alguns acreditam até mesmo que o Pacto Global e a Agenda 2030 da ONU rege uma suposta cartilha “comunista”. Mas não se trata de nada disso! Essas são duas ações confluentes que tratam o tema de forma séria com metas, ações responsáveis e prazos para serem cumpridas, seguindo uma determinada ética, não uma ideologia.
Voltando ao segundo parágrafo, está claro que o topo da pirâmide consome mais, impactando mais o Meio Ambiente pelas emissões de CO2 e pelo consumo desnecessário e nada consciente, aumentando a crise climática. Entretanto, para essa mesma camada privilegiada que possui amplo acesso às melhores moradias, ao serviço particular de saúde, à informação, ar-condicionado para as temperaturas extenuantes, aquecedores para temperaturas baixas, flexibilidade em suas agendas para férias e descanso etc., o impacto da crise climática é pouco ou quase nunca sentido. Ou seja, curiosamente, quem mais afeta o Meio Ambiente recebe menos os seus efeitos e, consequentemente, os percebe menos também, dando a eles a impressão de não estarem implicados na crise climática. É como se estivessem fora do problema e por isso desobrigados a encontrarem uma solução.
Inversamente, quem está na base da pirâmide possui menor renda, consome menos tanto em relação aos produtos básicos de subsistência como moradia, saúde, educação e cultura, quanto aos supérfluos. Quer dizer, a base da pirâmide é duplamente impactada tanto no baixo consumo quanto nos graves efeitos da crise climática, o que demonstra a relação direta entre a proteção do meio ambiente com a valorização e dignidade da pessoa humana.
Desta forma, a atuação da Tabahyba é sensibilizar o topo da pirâmide da urgência de incluir em suas agendas pessoais e empresariais o tema impacto socioambiental, pensando em ações sustentáveis para o seu dia a dia, por exemplo, reduzindo as emissões de CO2. Sensibilizar-se quer dizer adquirir a consciência de fazermos parte de uma mesma coletividade, de um “nós” que sofremos indistintamente, embora desigualmente, os efeitos das crises climática e social. E que uma vez tomada essa consciência, que cada um também passe a ser mais um elo dessa grande corrente, um “nó”, um agente transformador efetivo na busca por um mundo melhor para as gerações futuras.
Tabahyba é “Casa de Todos”!
Renata Ramos e Henrique Barahona
Sócio Fundadores Tabahyba, Casa de Todos
